ALEMBRAR
Narrativas de memórias do interior do Ceará
Antes de tudo, a memória é cíclica,
efêmera e associativa.
Um loop de sentimentos
que retornam e se refazem.
As memórias são descritas em diferentes narrativas, construindo e desconstruindo sentimentos. O interior do Ceará pode ser uma desolação ou uma fartura, vivenciado por diferentes histórias que se desenvolvem por um indivíduo ou um coletivo em diferentes perspectivas e caminhos.
A memória afetiva é o início de uma jornada de sentimentos arquivados no tempo. Mas para falar do interior cearense, ainda tem muito pano pra manga, vamos relembrar algumas memórias que ficaram para trás.
Por diversos eixos, vamos contar e recontar momentos passageiros que se perduram na memória, seja em seus mais diversos momentos da história, por sonhos, visitar lugares onde morou ou onde seus familiares moram, passar por histórias em que contaram e te fizeram medo, nas fotografias de infância, nos aromas e sabores e dos ensinamentos das nossas avós.
Em Alembrar, vamos trilhar por diversas narrativas que o tempo leva e traz como o vento e que em algum momento você as reconhece em um estalar de dedos, assim a memória chega e te faz alembrar do que ainda perdura.
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Uma história marcada por mudanças constantes, buscas de território e por resistências de grupos nativos. O Ceará, a famosa terra da luz, nasceu do litoral ao sertão, com pessoas que reivindicaram e que passaram por dificuldades, mas que impulsionaram o desenvolvimento do estado, seja econômico, territorial, cultural ou social.
Foram diversos acontecimentos, desde lutas, revoltas, mudanças estruturais políticas e econômicas. Nascido em berço da monocultura e da sequidão que sempre castigou o sertão. O interiorano foi e é cercado por diversas narrativas que convergem em uma maior, a vida.
História
Na história, vamos passar por nossa cultura e a construção de vida de quem nasceu e se criou no interior, das mudanças de casa, de emprego e das dificuldades que só quem vive e viveu sabe como o Ceará é um lar de acolhimento para quem vem ou os que já são daqui.
Vamos ver as mudanças e as cores por meio de fotos e fotopinturas antigas e conhecer em números o nosso Estado. Ler poemas da nossa terra e saber como a arte antiga se renova e reinventa para permanecer.
Ambiente
Explorar as terras e caminhos de chão batido de barro. Em ambiente, a geografia e a paisagem surgem e desaparecem com o passar das estações, o verão e o inverno, a chuva e a seca, uma dualidade que o cearense conhece muito bem. Explorando lugares que estão logo ali, mas invisíveis a muitos, a simplicidade e o dia a dia de quem convive no interior.
Marcada por fotografias que registram um ambiente simples e comum. Narrativas de imagens que contam por si só momentos, cenas que estão guardadas na memória de quem passou por lá, visitas a lugares que já ouvimos, mas não conseguimos ver o cotidiano.
Conhecimento popular
Sabendo que foi meu avô que contou e que contei para meus amigos que contaram para seus filhos, não é fofoca, é o conhecimento popular sendo passado de geração em geração, por familiares e amigos. Narrativas sendo elas verdadeiras ou não, superstições, conhecimento por observação, casos que só aconteceram com alguns, mas que foram contados por muitos.
A nossa cultura foi e é passada por gerações. Um movimento coletivo de ensinamentos, técnicos, culturais e sociais, formando uma cadeia de conhecimento empírico e desenvolvendo pesquisadores na exploração de nossos saberes.
De bucho cheio ou com água na boca. Em nossa culinária, vamos experimentar sabores da nossa terrinha, enraizados desde o começo da agricultura de subsistências e das monoculturas, além da influência da seca em nosso paladar.
São muitas especiarias e pratos típicos para saborear. Tradições em forma de comida para serem apreciados e aguçar nossos sentidos, uma memória afetiva, ativada pelo visual, olfativa e claro, pelo nosso paladar. Uma mistura do que tem pra comer com o que mais se produz no estado. É pra encher os olhos e ficar por dentro de alguns alimentos.
Culinária
Sonhar é sempre bom. Viver no interior não é impedimento para realizar seus sonhos e sim para te impulsionar. Mesmo que distante da capital, o interior se desenvolveu e possibilitou novas conquistas, mesmo que o seu sonho seja o mais simples.
O interiorano quer sonhar, não que o interior do Ceará seja as algemas que o impedem de alcançar o sonho, mas é o lugar de fortalecer e fazer a diferença e de conseguir fazer algo que na infância não conseguiu, e tentar enxergar esperança em um futuro.
Sonhos
Foi com espiga de milho ou com caixa de fósforo? A vida das crianças no interior do tempo de nossos avós, foi marcada por poucos brinquedos e muito trabalho. Em infância, vamos rever como brincavam, e como seus brinquedos eram feitos, construídos de objetos simples, mas que proporcionaram muita diversão.
Falar de brincadeiras, lazer e boas companhias. Como aprenderam a ler e escrever e em um período onde a escola estava em segundo plano. Mas não só de brincadeiras e de aprendizado viveram as crianças que são os idosos de hoje.
Infância
Foram sussurros, uma ventania forte e um barulho esquisito que fizeram dar medo em muita gente. No misticismo, vamos explorar as rodas de conversas e contar e ouvir estórias, para talvez, não dormir. Reconhecer personagens e ficar com uma pulga atrás da orelha para saber de onde nasceu aquele conto.
Marcado por mitos e lendas, o interior do Ceará possui narrativas de assombros que passaram de mãe para filho. Muitas estórias, sejam com fundo de verdade ou inventadas, ainda fazem sucesso para quem gosta de uma boa conversa pela noite.
Misticismo
Venha conhecer essa multiplicidade de narrativas que só o interior do Ceará tem e que nós podemos te contar.
Se preferir, comece por aqui ou explore as narrativas!
Expediente
Uma produção do projeto de TCC Alembrar na plataforma Wix. Por Daiana Almeida e Leonardo Reis